O mercado de veículos elétricos (VEs) no Brasil está se expandindo rapidamente, demonstrando um crescimento robusto e contínuo apesar dos desafios infraestruturais e das mudanças políticas recentes. Vários fatores estão impulsionando este crescimento, incluindo políticas governamentais favoráveis, um aumento na conscientização ambiental e uma maior aceitação dos consumidores.
Em 2024, o mercado brasileiro de carros elétricos prevê um aumento de vendas em 60% em comparação ao ano anterior. Esse crescimento é impulsionado principalmente pelo aumento da demanda dos consumidores e pelo compromisso contínuo com a mobilidade sustentável. Além disso, a previsão é que o mercado continue crescendo a uma taxa anual composta de crescimento (CAGR) de 17% nos próximos anos, refletindo tanto o aumento da classe média quanto o aumento nos preços dos combustíveis.
O governo brasileiro tem desempenhado um papel crucial ao introduzir políticas e iniciativas para promover os veículos elétricos, como reduções de impostos e subsídios. Notavelmente, a resolução 97/2018 do CAMEX reduziu os impostos de importação para VEs de 35% para 0%, e uma legislação de 2022 proibiu a entrada de carros movidos a combustíveis fósseis, exigindo que todos os novos carros sejam elétricos a partir de 2028. No entanto, recentemente o governo reintroduziu impostos de importação sobre veículos elétricos e elevou tarifas sobre híbridos, numa tentativa de proteger a indústria automotiva local, o que pode representar um desafio para a adoção futura de VEs.
A infraestrutura de recarga, embora em crescimento, ainda é considerada subdesenvolvida e pode ser um impedimento para a adoção mais ampla de veículos elétricos no país. O desenvolvimento contínuo de uma rede robusta de estações de carregamento é crucial para suportar o número crescente de VEs nas estradas.
O mercado de veículos elétricos no Brasil está se moldando para ser uma componente importante da indústria automotiva do país, com perspectivas positivas apesar de desafios significativos. O apoio governamental contínuo, juntamente com um compromisso crescente por parte dos consumidores e fabricantes, sinaliza uma transição progressiva para a mobilidade elétrica no Brasil.