Economia Circular Acelera: Brechós Tem Projeção de Crescimento de até 20% até 2030

O Crescimento dos Brechós na Economia Circular

O mercado da moda está passando por uma transformação significativa, impulsionada pelo crescente interesse na economia circular e nas práticas ecologicamente responsáveis.

Os brechós, que antes eram vistos apenas como uma opção alternativa de consumo, agora desempenham um papel central na moda circular, oferecendo aos consumidores a oportunidade de adquirir roupas de segunda mão a preços acessíveis e, ao mesmo tempo, contribuir para a preservação ambiental.

Dados e Tendências do Consumo Consciente

Conforme um estudo da Boston Consulting Group (BCG) em parceria com a Enjoei, 70% dos compradores em brechós atualmente valorizam o aspecto ecológico dessas compras, um aumento significativo em relação aos 62% registrados em 2018.

Esse crescimento reflete uma mudança na mentalidade dos consumidores, que agora preferem ter menos itens, mas de maior qualidade, e estão cada vez mais conscientes sobre o impacto ambiental de suas escolhas.

Exemplos de Mudança de Comportamento

Essa mudança de comportamento é evidenciada por jovens como Beatriz Vieira, de 18 anos, que escolhe brechós não apenas por razões financeiras, mas também como uma forma de resistir à cultura do consumo excessivo.

Outra jovem, Júlia Oliveira, destaca que os brechós permitem a compra de várias peças por uma fração do preço de lojas de departamento, reforçando a acessibilidade dessa opção de consumo. Ambas enxergam suas escolhas como parte de um estilo de vida mais consciente e ético, onde o consumo se alinha com a preservação ambiental.

O Impacto e o Futuro da Moda Circular

Os brechós não apenas reduzem o descarte de roupas, mas também estimulam a economia local e promovem o upcycling, um processo criativo de transformar peças antigas em novos produtos. Essa prática prolonga a vida útil dos materiais e cria novas expressões de estilo.

À medida que mais consumidores adotam essa mentalidade, o impacto positivo se espalha, criando um ciclo virtuoso de consumo responsável, com previsão de crescimento entre 15% e 20% até 2030.

Gregório Ramon | Marketing e Comunicação
Correio Braziliense, Fashion Revolution

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